CADEIA PARA OS VAGABUNDOS DA USP!
Os estudantes como todos já sabem foram ‘contidos’,
encaminhados a uma delegacia, e lá, de dois em dois saíam dos ônibus e
prestavam depoimento, em seguida eram conduzidos a uma cela de onde só sairão
mediante ao pagamento de fiança fixado a princípio no valor de R$ 1.050,00. (atualmente um salário minímo, pago pelo Sindicato do Estudantes) Os estudantes
estão sendo indiciados por dano ao patrimônio público, crime ambiental (devido
as pixações) e desobediencia civil.
No prédio da reitoria
onde estiveram foram encontrados ainda sete bombas caseiras, seis caixas de
foguete, garrafas de bebidas alcoólicas e pixações de frases contra a
permanencia da PM no campus e contra o Reitor, além de vários desenhos pixados
na parede de estudantes mascarados virando viaturas e jogando bombas em viaturas
e similares.
Os que ficaram nos
ônibus aos berros, reclamavam por não poderem ir ao banheiro, dizendo que isso
era tortura, própria de uma ditadura
pela qual afirmam serem “vítimas” agora além da Universidade do Estado também.
Para entendermos melhor essa história, ou pelo menos que
fatos levaram a essa situação devemos voltar no tempo, mais precisamente no dia 27 de outubro
passado, três estudantes foram apanhados em flagrante fumando maconha dentro de
um carro no patio da USP, os policiais militares pediram aos estudantes que os
acompanhassem até a delegacia, esses concordaram prontamente, porém todos foram
surpreendidos por dezenas de estudantes que queriam a todo custo impedir tal
ação.
Houve confronto e os policiais usaram bombas de efeito
moral, os estudantes afirmam que os policiais foram violentos e usaram os
cacetetes, gás pimenta e bombas de
efeito moral , a PM diz que o confronto houve porque um carro onde estaria um
delegado foi atacado, iniciando assim toda a confusão, culminando com três policiais feridos e cinco
carros danificados.
Nesse mesmo cenário meses atrás, em maio houve um protesto que
com certeza contou com boa parte desses estudantes do protesto de agora, porém no primeiro os estudantes protestavam
por mais segurança no Campus, exigindo a presença mais ativa e em maior número
da PM, agora querem exatamente o contrário!
Segundo um jovem estudante da USP que se apresenta como
Leonardo, nos últimos meses, a universidade têm sido submetida a alguns eventos
de provocação aos estudantes, seja por parte do impopular Reitor -que fechou
bibliotecas no ano passado, na Faculdade de Direito, ou descontou salário de
servidores que participaram de greve.
Rodas, o Reitor indicado por Serra - numa escolha em que ele foi o segundo
colocado de uma lista de votação - se declara abertamente a favor da
privatização da USP, mediante a cobrança de mensalidades, uso de catracas de
acesso, polícia no campus e repressão aos movimentos sociais.
Houve diversos furtos no campus do Butantã, a polícia sempre esteve por lá, só
depois da morte do estudante de Ciências Atuariais é que a universidade
formalizou um convênio com a PM. Aliás, sobre a morte de um estudante negro na
Praça do Relógio - campus do Butantã - pouco se falou sobre a omissão de
socorro por parte da burocracia universitária.
Mas o caso do estudante de classe média que morreu assassinado chocou mais a
imprensa capitalista, que aproveitou o episódio para trazer a polícia para
dentro do campus.
Muitos dizem que a polícia no campus é uma desculpa para vigiar os movimentos
estudantil e sindical dentro da universidade, logo, nada tem a ver com a prevenção
de delitos, assim dizem, pois tudo continua da mesma forma, há estupros, roubos
ou festas universitárias onde alguns playboys saem trebados ou chapados com
seus carros importados.
Disso, a imprensa não escreve uma linha, só falam de
drogas quando acontece na FFLCH, que é a escola da USP em que mais há estudantes
pobres e trabalhadores. Por isso, há muito de falsa moralidade nessas
discussões levantadas pela imprensa porcina.
O que aconteceu naquela quinta-feira, a
resistência dos alunos da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas -
FFLCH- foi o resultado de uma política de repressão aos estudantes...
Então sr. Leonardo e demais estudantes da USP e
simpatizantes pelo que entendo, tudo se resume na política ofensiva usada pelo
Reitor e na politica defensiva dos alunos, eles há muito descontentes,
esperavam uma oportunidade de um protesto como esse, alegam eles que os
policiais só agiram porque se tratava de alunos da FFLCH que concentra
estudantes de baixa renda e que tradicionalmente é um centro de críticas aos
governantes, que sempre trazem à tona as farsas das farisaicas políticas
públicas que redundam na repressão a população pobre.
Sendo que casos de natureza semelhante e até piores são
deixados de lado quando se trata dos mais endinheirados do campus.
Aí eu pergunto:
Porque não fizeram um protesto contra essa desigualdade,
porque quando ocorrem essas festas onde todos saem “trebados” dirigindo e
infringindo todo o tipo de lei, não fazem um protesto para que se cumpram as
leis?
Porque sabendo que os playboys ali se chapam, não fazem um
protesto para a policia cumprir o seu dever e prendê-los?
Porque não fazem um protesto contra a discriminação social
que dizem imperar no campus?
Porque não fazem um protesto quando ocorrem os roubos e estupros dentro do Campus e nada é feito e investigado?
Porquê não fazem um protesto a cada ato desses que a imprensa deixa de cobrir? Afinal assim com um protesto desses chamaria a atenção da imprensa!
Aí quando um policial no exercício de suas funções está a
fazer cumprir a lei, no lado pobre da USP, eles protestam!
Mesmo que esse policial tivesse passado por estudantes
fumando crack no lado rico e não tivesse feito nada, e logo após isso, encontrasse estudantes no
lado pobre fumando maconha e lhes desse voz de prisão, ainda assim, não deveria
ser essa a forma de protesto para a situação!
Fumar maconha ainda é crime!
Quem comete um crime tem que responder por ele!
Quem tenta impedir o cumprimento da lei e o trabalho da
polícia é o que?
Vão protestar pelo que se deixa de fazer em termos de
cumprimento da lei e da justiça!
Uma turma de imbecis e baderneiros é o que são, querer
comparar a situação atual de vocês com a época da ditadura é a declaração mais estapafúrdia
e idiota que já ouvi.
Tem que ser muito imbecil e sem conhecimento da história
para dizer uma merda dessas.
Sabe o que deviam fazer com esses imbecis?
Pegar um por um numa cela e “chegar o cacetete”, dar um pau
nesses vagabundos baderneiros, já que eles querem posar de “vítimas de uma
ditadura”.
Uns imbecis que tem uma causa, tem as armas e ferramentas
adequadas para lutar por ela, no entanto enfiam os pés pelas mãos devido a
enorme burrice que permeia suas mentes, bomba caseira, pixações, poderia
chamá-los de bandidos!
Ah se fosse um filho(a)
meu, que estivesse no meio desses vagabundos anarquicos, eu deixava lá preso
até por a mão na consciência e ver o tamanho da merda que fez, e ainda dizia
pro delegado, pode chegar a borracha, realiza o sonho desse imbecil, ser “vítima
da ditadura”